terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sinceridade versus Tato


"Eu falo o que quero, quando quero e como quero".

Sou completamente contra essa postura!

Não que as pessoas devam reprimir seus sentimentos - e isso inclui mágoas e raivas - pelo contrário, acho mesmo que antes de ser sincero com os outros, é preciso ser sincero consigo, portanto, extravasar torna-se necessário. Mas ser sincero não implica ausência de tato.

Tem gente que para dizer uma "verdade", passa por cima de tudo e todos como um trator, como se a pessoa que recebe a crítica nesse momento fosse capaz de acionar uma espécie de botão 100% racional, que a impede nos minutos que se seguem de sentir qualquer indisposição, tristeza ou até mesmo de ter a auto-estima completamente destruída.

Se o que eu pretendo dizer ao outro implica diretamente no crescimento dele, devo assegurar que ao final da minha conversa, ele terá uma atitude positiva sobre a vida e conseguirá repensar o que está errado. Se o resultado da minha conversa resultar em mais erros e principalmente, decepções, não fiz diferença alguma, apenas evidenciei meu temperamento explosivo e o meu egoísmo exacerbado.

É claro que todos temos liberdade para escolher o que fazer com um conselho ou crítica, sendo assim, até quando policiamos a nossa maneira de falar alguma coisa, nem sempre o final é tranquilo, porque eu não posso prever as ações do outro.

Mas eu posso controlar as minhas ações e fazer com que os que me cercam sintam prazer ao falar comigo e não medo. Posso fazer com que eu seja a primeira pessoa que eles pensem quando precisarem de uma orientação. Posso ser um facilitador e não um impedimento...

Fernanda La Salye

Um comentário:

  1. Se fosse fácil, o Salomão não tinha concluído que "Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale o domínio próprio do que conquistar uma cidade” Prov 16:32

    Daí se conclui que é mais fácil dominar os outros do que a si mesmo.

    entra na fila...

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